quarta-feira, 26 de março de 2014

{Yesterday's book} Quem é você, Alasca?

John Green, John Green. Amado por muitos, odiado por alguns. Eu já havia lido O Teorema Katherine, A culpa é das estrelas, Cidades de papel e o conto dele em Deixe a neve cair. Faltava, então, Quem é você, Alasca? (Ainda falta Will & Will, mas ele ficará para depois porque estou sem dinheiro). Bem, eu comprei esse livro nas férias, resolvi lê-lo e acabei parando na página 20. Demorei um mês para tomar coragem para continuá-lo, mas finalmente tomei vergonha na cara e o terminei ontem. 

Ah, o nome do "Tópico" (ou seja, quando eu falar sobre livros, é o que terá antes) é Yesterday's Book por um motivo muito simples: Eu não consigo falar direito sobre um livro no dia que o termino, porque ainda estou em depressão. Claro que isso não acontece com todos, mas é melhor me adiantar. E Yesterday's Book é um nome meio sexy, não acham? Enfim, enfim.
A imagem ao lado é do meu livro. Eu achei que seria legal colocar uma foto do meu e não do de outra pessoa, porque foi com o meu que eu vivi momentos legais e tal. Acho que farei isso com todos. 


ENFIM, Quem é você, Alasca? nos conta a história de Miles, um garoto viciado em últimas palavras que tem uma vidinha chata na Flórida. Incentivado pelas últimas palavras de François Rabelais, ele resolve ir em busca do Grande Talvez num colégio interno. Lá, faz amigos e conhece Alasca, uma garota misteriosa, linda, inconstante e problemática, pela qual ele se apaixona. 


Bem, todos que eu conheço que já haviam lido o livro descreviam a Alasca como uma "Garota perfeita, incrível, maravilhosa", então eu acabei me decepcionando ao começar o livro. Porque ela era fútil, impulsiva, boba, grossa e nojenta. Eu ficava irritada com ela com frequência, e precisava revirar os olhos para todas as coisas pervertidas que ela dizia o tempo inteiro. 

Mas, bem, as pessoas estavam certas. A Alasca é mesmo incrível. A beleza dela está em sua imperfeição, em sua personalidade conturbada, em sua impulsividade eterna. Um dia, ela está bem, no outro, não. Isso confunde muito o Miles (carinhosamente apelidado de Gordo pelo Coronel, seu companheiro de quarto e amigo), e ele nunca sabe o que ela está pensando. Bem, ninguém nunca sabe. A Alasca é um mistério. 

Bem, no começo do livro, eu o achei... Frívolo (clique para ver o significado, caso você não saiba. Eu passei alguns minutos tentando pensar em uma palavra que caracterizasse minha primeira impressão do livro, e foi essa que encontrei). Adolescentes, bebidas, cigarros e sexo. Tudo bem, isso são os adolescentes. Mas eu não me identifiquei, então fiquei chateada. A Alasca que eu havia imaginado não existia, os personagens não me atraíam. Tudo parecia errado. Acho que foi isso que me fez abandoná-lo por um mês.

Bem, ao retomar a leitura, eu percebi que ele, como todos os livros que já li do John Green, não era vazio e bobo. Ele não se tratava apenas de adolescentes fazendo besteira. Só percebi isso na metade do livro, com um acontecimento um tanto inesperado (tã-tã-tã). A partir disso, passei a olhar o livro com outros olhos. Também foi a partir desse acontecimento que eu percebi que eu amava a Alasca

O livro é inteligente, divertido e te passa uma lição importante, é claro. John Green me dá tantas lições importantes. Às vezes eu ainda me pego pensando sobre Cidades de Papel, que foi o livro dele que mais me fez refletir sobre as pessoas/a vida/tudo. 

Apesar de todos os pontos altos, eu ainda continuei com o desconforto do começo. Por mais que eu tenha amado a Alasca, eu não simpatizei muito com o Gordo, nem consegui gostar dos outros personagens. Acho que eles ficaram um pouco superficiais. O meu favorito, como já disse antes, é a Alasca, mas o Coronel também é uma graça. Ele era quem mais me fazia rir.

Enfim, é um livro que eu recomendo. A leitura é fácil e leve, mas carrega um peso um pouco maior do que aparenta. Essa é a magia do livro. Adoro como o Verdinho (John Green) não deixa de me surpreender com suas histórias. 


Nota final: 

"Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resulta das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil(Página 224) 

4 comentários:

  1. Parece legal
    Vou coloca-lo na minha fila de 783 livros

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  2. Post legal, mas eu acho esse gênero meio cansativo de ler, mesmo com pegadas mais reflexivas e bons escritores por trás. No entanto, é só minha opinião, quem sabe eu dou outro chance pro John Green :P

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  3. HAHA, flor. Em vários momentos da sua resenha, ri sozinha aqui. Você tem o dom de devanear enquanto fala de algo, não? (rs) Achei isso engraçado. Li várias resenhas sobre o livro, mas nunca o acharam (em seu início) frívolo. Penso que a palavra se adeque muito à primeira impressão que John Green provoca. Eu amei ACEDE e depois deste livro dele senti que os demais não me causaram tamanha comoção. :/ O mal de escrever um livro maravilhoso é que os demais parecem se apagar diante dele. Faz parte. Adorei sua opinião e o nome da coluna!
    Beijos, flor!

    My Queen Side

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    1. Oi, Fran! Pior que tenho, acabo tirando o foco do que estou falando e fico tagarelando e tagarelando HAHAHA. Mas que bom que você chamou isso de "dom"! Espero que seja mesmo. Sim, eu senti o mesmo com Cidades de Papel, mas o final dele me ganhou completamente. John Green tem isso mesmo.
      Eu também gostei bastante de ACEDE e nenhum outro livro dele conseguiu me trazer lágrimas aos olhos, apesar de sempre me deixarem refletindo. O John Green escreve algumas coisas que realmente mexem com você. Feliz que você tenha gostado!

      Beijão! <3

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