segunda-feira, 10 de junho de 2019

Karuta Competitivo III - Meu próprio baralho

Ya-hello! Hoje vim falar mais um pouco sobre minha experiência com karuta!~

Como falei no último post, eu fiquei extremamente empolgada depois de ter jogado uma ~partida oficial~/ter tido minha primeira vitória. Muito empolgada, voltei pro Rio 100% na fúria de fazer meu próprio baralho de karuta: Pedi dinheiro da família pra comprar os materiais, rodei as Kalunga tudo pra achar o que precisava, abri o post do Meguriai sobre como fazer seu próprio baralho e botei as mãos na massa.

Minha tia avó foi quem mais me ajudou em todo o processo: No alto dos seus 78 anos, a maravilhosa me ajudou a colar e cortar as benditas cartinhas. Fizemos 44 cartas juntas! Ela também gastou um bocado de dinheiro saindo comigo pra comprar algumas coisas que faltavam + comprando tinta pra impressora dela que tava sem (Ela não usa tinta colorida). Um anjo na minha vida.

Enfim, o processo de fazer cartas está todo muito bem escrito no post do Meguriai, então, caso vocês queiram fazer o de vocês, é só olhar lá (♥). A única coisa que eu recomendo fortemente é arranjar alguns amigos pra ajudar a fazer as cartinhas, porque, nossa, não é fácil cortar 100 torifuda não. 

Fazendo o baralho com ajuda da tia ♥

Como eu disse, fiz 44 cartas com a ajuda da minha amada tia, mas no meio do processo precisei voltar pra casa. Em tese, essa seria a hora de parar, ou de fazer as coisas com calma - eu já mal sentia meu dedo indicador, e não tinha mais ajuda -, mas eu tinha aula de japonês no dia seguinte e queria muito terminar a tempo de levar pra jogar com o pessoal. Então, dizendo adeus ao meu dedo, eu cortei as outras cartinhas que faltavam. 

🎵 All by myself...~ 🎵

Foram algumas horinhas sofridas, mas depois de algumas pausas pra descansar a mão, eu finalmente terminei de cortar todas as cartas: Especial e único - com algumas cartas levemente machucadas durante o processo - o meu baralho de karuta ficou pronto! Com uma Sa com marca de cola, uma Ogu com marca de estilete e uma Hanasa sem um pedaço, ele se tornou oficialmente o meu xodó, e um dos meus bem mais preciosos - Não tenho dúvidas de que eu lutaria com assaltantes por ele. 

Anyway, com o baralho pronto, era só ter com quem jogar, né? Levei as cartinhas pro curso de japonês, esperando pelo menos poder jogar um pouquinho com o pessoal da minha sala/mostrar as cartas. Há algumas semanas eu já tinha feito minha professora se apaixonar por Chihayafuru/começar a estudar karuta, e estava ansiosa pra jogar com ela. Não sabia ainda como seria, mas a sensei conseguiu arranjar tatames pra gente jogar (!) e foi tudo absolutamente incrível.

Minhas cartinhas sendo utilizadas! 

Começamos jogando uma partida de chirashi pra que todos pudessem ter um gostinho do jogo/pra que conhecessem as cartas, e acabou sendo super legal! Cometemos alguns errinhos - pegar carta X quando carta Y tinha sido lida, guardar ela no bolo e só perceber horas depois -, mas todos pegaram sua primeira carta e foram felizes. Somos apenas três alunos na sala + a sensei, então foi bem dinâmico e divertido. O Márcio, meu colega e um anjo, tirou foto da sua primeira carta. A sensei e o Bryan, não - Aí eles esqueceram qual tinha sido e tivemos que ficar repassando todas as cartas pra lembrar qual tinha sido (Tudo que eu sabia era que ambos tinham pego cartas "que eu não gostava", porque senão eu lembraria delas).


1x1!

Terminado o chirashi, eu e a sensei nos organizamos pra uma partida. Jogamos apenas com um set de 22 cartas que eu fiz, e com roupas completamente erradas - a gente não esperava que fosse conseguir tatame, ninguém esperava sentar no chão -, mas foi super divertido! O Bryan ficou organizando as cartas restantes enquanto o Márcio tirava fotos e gravava a minha partida contra a sensei. Foi o primeiro jogo dela, então ela ainda parecia meio receosa de ir com tudo nas cartas (eu lembro de ter sentido isso na minha primeira partida também), mas ela jogou super bem e conseguiu até pegar Hisa e Shino de mim! Meu melhor take da partida foi a carta que me fez ganhar o jogo, e minha favorita: Yura. Aparentemente foi um take bonito, mas o Márcio não conseguiu gravar, então ele ficou apenas em nossas memórias. Mas tá aqui um gostinho da partida pra vocês (com direito a Chiha!): 



Tendo jogado com o pessoal do Rio, mesmo com o Bryan e com o Márcio, que não tinham a menor noção do que era karuta, eu decidi: Iria levar o baralho comigo pra minha viagem pra Manaus!


Ela e sua primeira carta
Minha primeira cobaia em Manaus foi minha melhor amiga que, mesmo não sabendo absolutamente nada de japonês, aceitou que eu ensinasse o hiragana das cartas de primeira sílaba pra ela. Jogamos, portanto, com apenas sete cartas. E não é que logo no primeiro jogo a menina já pegou SaE no segundo jogo ela ainda conseguiu pegar Fu. Sinceramente.  

Daí em diante, treinei sozinha em casa por alguns dias. Estava decidida a arranjar mais gente pra jogar comigo e já deixei alguns amigos a par de que eles estavam intimados a me enfrentar numa partida de karuta. Então, finalmente, no meu aniversário, quando todos se reuniram na minha casa, consegui jogar com três amigos! Esses três já sabiam hiragana, então foi só questão de ensinar as regras do jogo pra eles mesmo. 

Primeiro joguei uma 1x1 com o Igor, que já tinha assistido Chihayafuru e que tinha alguma noção do jogo. Jogamos com o mesmo esquema das 22 cartas, e ele conseguiu pegar duas antes que eu ganhasse - Ura e Yuu. Depois mais amigos chegaram para a comemoração e, depois de bebermos um pouco (muito), lá fui eu jogar chirashi com eles. O Igor já tinha ido embora, então acabou que jogamos apenas eu e meus dois outros amigos, a Mica e o Amp. 


Chirashi!
Todos estávamos igualmente alterados pela bebida, então eu posso garantir que foi um chirashi justo. Não eram as melhores condições para se jogar, mas era o que tínhamos, e jogamos. Vale dizer também que eu tive que convencer a Ignês - minha melhor amiga - e o Igor a jogarem comigo, enquanto a Mica e o Amp estavam animadíssimos para jogar. Não tinha como eu deixar pra lá!

A primeira carta do Amp foi Arima, e a da Mica Watanoharako. Ambos tiraram selfies com suas cartinhas, e eu achei a coisa mais fofa do mundo (Já disse que amo o brilhinho nos olhos das pessoas quando elas pegam suas primeiras cartas?). Fiquei especialmente feliz quando a Mica pegou Mikaki. Ela tinha ficado triste quando eu peguei Mikano - já que começa com o mesmo som do nome dela -, e ficou toda empolgada quando conseguiu pegar a outra Mika. Foi adorável!~

Depois disso joguei uma 1x1 contra o Amp. Ele fez questão de que jogássemos uma partida oficial - para minha felicidade! -, mas depois que 37 cartas foram lidas, a bateria do meu celular acabou e acabamos dando fim ao jogo mais cedo. Como o Igor, ele também conseguiu pegar duas cartas antes que nossa partida fosse cortada pela metade - Arima (Sim! Ele pegou a primeira carta dele de novo!) e Uka. Estava super divertido, mas todos resolvemos ir dormir depois da bateria do celular acabar (estávamos exaustos e já eram duas da manhã).


Os migos e suas primeiras cartas! ♥

Enfim! Foi isso! Espero que tenham gostado do post! Conforme as coisas forem acontecendo venho contar pra vocês (♥). Agora estou de volta ao Rio e, com sorte, essa quinta jogo karuta com o pessoal do curso de japonês de novo. De qualquer maneira minhas passagens pra São Paulo já estão compradas, então logo estarei jogando no Meguriai!  Viva! Hoje eu já estava tão empolgada que passei o dia escutando os poemas no celular. Também tentei fazer um exercício de lembrar de todos os poemas, mas só consegui lembrar de 83/100... É, o treino precisa continuar!

Beijos e até a próxima~

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