terça-feira, 15 de abril de 2014

{Yesterday's book} Divergente

Demorou um pouco até que eu tomasse a decisão de começar Divergente. Eu procurei muito pelo primeiro livro (muito mesmo, em umas cinco livrarias diferentes - e isso é muito pra mim, visto que eu sou preguiçosa), e só consegui encontrá-lo numa pequena livraria, lindo e empacotado, como se esperasse por mim. 

Apesar de toda essa luta, só comecei a lê-lo antes de ontem, depois de ter empacado em Fama. Na verdade, eu nem ia começá-lo, mas uma garota fofa do meu colégio (que eu não falo muito, mas que é leitora ♥) disse que eu amaria, então resolvi começar. Well, apesar de não me conhecer bem, ela estava certa. 

Divergente se passa numa Chicago futurista (Minha nossa, como amo distopias) e nos apresenta Beatrice, uma garota da Abnegação, que por ter alcançado os dezesseis anos, terá que escolher a qual facção pertencerá. Suas opções são cinco: Abnegação, a facção dos altruístas, que estão sempre preocupados em ajudar ao próximo; Amizade, a facção do entendimento mútuo, da compreensão do outro, de cultivar fortes relações; Audácia, a facção dos audaciosos, corajosos, que tentam superar seus medos ao máximo possível; Erudição, a facção dos gênios, dos inteligentes, dos que procuram compreender tudo ao seu redor; e a Franqueza, a facção dos justos, dos verdadeiros, que acreditam que falar a verdade é o mais importante de tudo.

Beatrice é da Abnegação, mas, apesar disso, não consegue se acostumar com a vida da facção. Ela não é naturalmente altruísta, muitas vezes acaba desobedecendo as regras e se sente deslocada no lugar onde vive. Mas mesmo que não sinta que se encaixa naquele lugar, ela não quer abandonar sua família e todos que conhece, e por isso não sabe o que fazer. Ela teme o seu teste de aptidão (o teste que diz em qual facção você se encaixa), pois não sabe que resultado ele trará. Quando o dia finalmente chega, ela está nervosa, suando e tremendo. E com razão: O resultado de seu teste é dado como Inconclusivo. Ela é uma Divergente, alguém que pode pertencer a várias facções - o que não é aceito. Agora Beatrice deve decidir a qual facção pertencerá e esconder de tudo e todos o resultado do seu teste, ou isso poderá ameaçar sua própria vida. 

This book is so FUCKING AWESOME. Não sei se minha sinopse ficou boa o suficiente, mas eu não posso ficar dando spoilers por aí. Quando eu via a sinopse do livro no skoob e quando me contavam mais sobre o livro, eu meio que ficava "Hmmm, okay, não entendi nada, esse troço parece maneiro, mas sei lá". Mas isso é porque é realmente difícil explicar o mundo distópico onde eles vivem, em que cada facção tem suas próprias regras e que cada um deve agir do modo que sua facção dita. Eu mesma não consigo explicar. Ok, até consigo, mas acho que eu teria que dar muitos spoilers para isso. 

Esse livro é incrível. Só não o devorei em um dia porque tinha academia - eu comecei academia! - no dia seguinte bem cedinho, e tive que dormir cedo. E porque passei tanto tempo sem ler que agora estou um pouco lerdinha. Enfim, tanto faz. O tempo que eu passei virando suas páginas foi perfeito. O Quatro facilmente se tornou um dos meus amores literários.

Ah, bem lembrado. Eu achei que o romance de Divergente fosse ser um daqueles romances irritantes, cansativos, cheios de nhé-nhé-nhé e que acontecem rápido demais para parecerem verdadeiros - MAS NÃO! Não! NÃOOOOOOOOO! Ele é calmo, fofo e te deixa ansiosa/excitada/apaixonada/vibrando/torcendo. Eu amei o desenvolvimento dele. Amei como a Tris cresce ao longo do livro, de como ela tem a personalidade forte, como ela é corajosa, altruísta, inteligente, franca (bem, nem sempre) e  como se preocupa com os seus amigos, mesmo que nem sempre eles sejam verdadeiros com ela.

Divergente nos traz um romance magnífico e muito bem construído, personagens cativantes, brigas, traições, lágrimas, risos, discussões, medos e uma personagem que não tem nada, absolutamente nada de fraca. Uma das protagonistas mais fortes e duronas que eu já conheci, que pode nem sempre tomar as decisões certas, mas que enfrenta as suas escolhas. 

Nota final:


"Quando termino de me vestir e a vontade de chorar passa, sinto algo quente e violento remoendo minhas entranhas. Quero machucá-los. Encaro meus olhos no espelho. Eu quero machucá-los, e é exatamente isso que eu vou fazer" (Página 182)

"Minha mãe e meu pai não aceitariam que eu batesse em alguém caído no chão. Não me importo" (Página 185)

Um comentário:

  1. Bom review! Mas eu estou meio cansado desses cenários distópicos teens, prefiro algo mais adulto como 'Android sonham com ovelhas elétricas?' e 'Running Man' (o livro, não o filme G.G) ou 'The Long Walk'.

    Aliás, teve uma convenção desse livro aqui perto de casa esses dias. Nunca vi tantas adolescentes gritando sem ter música ou estupros rolando :P

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