sábado, 23 de março de 2019

{Movie Time!} Meus 9 filmes LGBTQ+ favoritos

Faz tempo que não falo de filmes por aqui. Geralmente uso a tag Movie Time pra fazer resenha de filmes X ou Y, mas hoje, depois de assistir a alguns short-films LGBTQ+s muito lindos - e chorar de tristeza por conta do preconceito/de felicidade pelos pequenos passos que o movimento LGBTQ+ dá a cada ano que passa, resolvi fazer algo diferente e falar um pouco dos meus filmes LGBTQ+ favoritos.

Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

Hoje eu quero voltar sozinho - ou The way he looks, como o filme ficou conhecido para o resto do mundo - tem um lugar extremamente especial no meu coração. O filme, que começou como um curta no youtube, conta a história de Leo, um garoto cego em busca de independência, que se apaixona por Gabriel, um recém-transferido aluno. A representatividade do filme e a delicadeza dos sentimentos dos personagens é linda, e o filme captura bem as dificuldades e inseguranças da adolescência. Ver Leo e Gabriel se apaixonando é lindo demais - o tipo de coisa que deixa o seu coração quentinho. É um filme que facilmente recomendo para qualquer um. Só de falar dele fico com vontade de revê-lo. 

Garotos (2014)

Garotos (ou Jongens, no original), é um filme holandês que tem como protagonista Sieg, um jovem atleta que se apaixona por Marc, seu companheiro de revezamento. Este é o tipo de filme que te faz alternar entre amar e odiar o protagonista - porque ele faz muita besteira -, mas a jornada toda vale muito a pena. Garotos é extremamente realista com sua história de amor conturbada, e uma aventura para o espectador. É um daqueles filmes de autodescoberta de orientação sexual que você tem vontade de ver várias e várias vezes. Fiz uma resenha mais completa em 2015, caso alguém tenha interesse.

A Criada (2016)

A Criada (Ah-ga-ssi no original) é um filme coreano de amor entre duas mulheres que foge do que estamos acostumados ao pensar em filmes LGBTQ+: Nele conhecemos Sookee, recém-contratada criada de uma rica herdeira, que tem como objetivo roubar a fortuna de sua ama. Este filme é literalmente uma obra de arte em todos os sentidos, mas o romance - repleto de mentiras - entre Sookee e sua ama, Hideko, é de tirar o fôlego. É um ótimo filme para quem está cansado dos clichês românticos de filmes LGBTQ+, mas também simplesmente um filme fantástico. O resenhei no blog ano passado

Meninos não choram (1999)

Meninos não choram (Boys don't cry) é um filme norte-americano e baseado em fatos reais que nos apresenta Brandon, um jovem transgênero que se apaixona à primeira vista por Lana, uma garota rodeada por colegas preconceituosos. Apesar de ser um filme muito bom, Meninos não choram não é para pessoas de coração fraco. Ele é extremamente triste e violento, e mostra o quão abominável preconceito pode ser. Em 2014, durante a resenha que fiz para o blog, eu mencionei tê-lo amado, e minha nota 10 continua no imdb. Apesar de não lembrar do filme em detalhes, preciso confiar na minha palavra, porque não tenho a mínima coragem de revê-lo.

Como você é (2016)

Como você é (As you are) é um filme norte-americano que traça a amizade de três jovens durante o curso de uma investigação. Este filme segue o rumo de tragédia que Meninos não choram trouxe: Por sabermos que ocorreu um crime, sabemos que não tem como terminar em coisa boa. Ainda assim, eu sou completamente apaixonada pela amizade e relacionamento entre o protagonista, Jack, e Mark. Os dois se conhecem depois que a mãe de Jack arranja um namorado, e, ao longo do filme, a amizade deles acaba por se tornar um conturbado romance. Como você é vale a pena só para ver o relacionamento desses dois.

Amigas de colégio (1998)

Amigas de colégio (Fucking Åmål) é um filme sueco que retrata o romance entre uma garota popular, Elin e uma introvertida, Agnes. Esse filme é o típico clichê que adoramos: Elin acha Agnes estranha e não tem vontade de se envolver com ela; Agnes tem uma paixão platônica por Elin. Um dia, desafiam Elin a beijar Agnes, e as duas acabam se apaixonando. O filme é bem mais conturbado do que minha curta sinopse faz parecer, mas  também é extremamente bom. Caso queiram checar, fiz uma resenha para ele em 2014.

Colegas de Classe (2016)

Se vocês acharam que eu ia perder a oportunidade de falar de anime nesse post, vocês acharam errado. Colegas de Classe (Doukyuusei, no original) é um filme de animação japonesa que retrata o relacionamento de dois garotos extremamente diferentes. Hikaru faz parte de uma banda de rock, ao passo que Rihito é um estudante nota dez. Os dois cruzam caminhos quando um se oferece para ajudar o outro com treino para o coral, e eles eventualmente se apaixonam. Este filme é extremamente adorável e engraçado, e há continuação da história em forma de mangá para os que se interessarem.

Azul é a Cor mais Quente (2013)

Azul é a Cor Mais Quente (La vie d'Adèle) é um filme francês sobre Adèle, uma jovem  estudante bissexual que se apaixona por Emma, garota assumidamente lésbica. Este filme gera muitas discussões - sexualização desnecessária do relacionamento das duas, diferença de final da obra  original  -, mas, como obra, é ótimo. Durante as três horas de filme, conhecemos Adèle com profundidade, e é fácil nos apaixonar por ela, por Emma, e pelo relacionamento que as duas constroem. Lembro de chorar horrores no cinema (eu menti minha idade para assistir ao filme. Shh) e de amar intensamente o filme.

O Caso de Yokozawa Takafumi (2014)

O Caso de Yokozawa Takafumi (Yokozawa Takafumi no Baai) é um filme de animação japonesa que faz parte do mundo de Sekaiichi Hatsukoi, um anime/mangá gay. Nele vemos a história de Takafumi que, depois de ter seu coração partido, se envolve com Zen, um homem que perdeu a esposa e tem uma filha de dez anos. O Caso de Yokozawa Takafumi é apaixonante. Durante o anime, vemos Takafumi quase que como um vilão, mas neste filme podemos vê-lo como a pessoa incrível que ele é. Ele e o Zen formam um casal adorável, e é lindo ver o Takafumi agir como um pai para a filha do Zen. Apesar do filme ter a ver ser presente no universo de Sekaiichi, ele pode facilmente ser assistido como um stand-alone.

E é isso gente! Um post longuíssimo pra vocês. Espero que peguem algumas recomendações disso tudo. Juro que é tudo muito bom. E é, eu sei, eu só recomendei coisa com romance. Eu pensei em falar sobre O Jogo da Imitação (2004), mas eu não amo ele tanto quanto amo estes, então não parecia muito certo. Também pensei em falar sobre Com Amor, Simon (2017) - que também é romance, enfim -, mas acabei não falando pelo mesmo motivo. Mas dei pra vocês meus nove filmes LGBTQ+ favoritos, não tá bom?! Acabou terminando em um número não muito comum para listas, imagino, mas é a vida. E fazer essa lista me fez perceber que eu preciso assistir mais filmes LGBTQ+ bons. Alguns eu sei que preciso ver (Como MoonlightMe chame pelo seu nome, A Garota Dinamarquesa e Carol), mas se você acha que faltou algum nessa lista, pelo amor de deus me deixe saber nos comentários. 

Um beijo da blogueira mais bissexual que vocês conhecem. 

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