sexta-feira, 4 de outubro de 2019

{Yesterday's Book} A Prisão do Rei

Ya-hello! Demorou um ano pra eu voltar pra saga A Rainha Vermelha, mas finalmente peguei e li A Prisão do Rei como deveria. Espada de Vidro não foi tão bom quanto eu imaginava, então acabei pegando o terceiro livro da saga com muito receio - mas ele felizmente me surpreendeu.

A Prisão do Rei começa logo após os acontecimentos de Espada de Vidro. Terminamos o último livro vendo Mare, nossa amada protagonista, sendo capturada por Maven - antigo noivo e menino pelo qual ela era apaixonada; agora um traidor e rei detestável - e neste vemos de perto como é viver na prisão dele.

Mare é mantida sob a presença dos Arven, guardas que tem o poder do silêncio, 24 horas por dia, sendo incapaz de utilizar seu poder. Ainda arrasada pela morte do irmão, ela precisa aturar a presença de Maven e a estranha obsessão - ele chama de amor - que o garoto nutre por ela. Na prisão de Maven, Mare se torna uma boneca, sendo obrigada constantemente a contar que mancham o nome da Guarda Escarlate

Vendo tudo isso, alguns da Guarda acreditam que Mare é uma traidora, mas a maioria, que a conhece e sabe os horrores que ela deve estar passando, compreende que tudo aquilo é uma farsa. Um deles é Cal, o príncipe exilado, que apesar de nunca saber de que lado está - sendo um prateado que se juntou à Guarda - pretende fazer de tudo para ter a garota que ama de volta. 

A Prisão do Rei foi um sopro de vida na saga A Rainha Vermelha. Depois da decepção que foi Espada de Vidro, ele veio para relembrar o quão boa a saga pode ser, e quanto potencial ela tem. Por mais que a maior parte do livro seja a Mare na prisão, é fantástico ver ela criando os planos pra tentar escapar, vasculhando e memorizando os lugares. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas eu ficava impaciente pro POV dela voltar - neste livro, finalmente, depois de tanto que eu reclamei, tivemos POVs de outros personagens - o mais rápido possível.

Enfim. Como sempre, toda a coisa de traição está presente - marca da saga -, mas dessa vez nos deparamos com algumas traições legais. Não é só o bem que pode trair o mal, né? Só digo isso. E! MEU! DEUS! REPRESENTATIVIDADE! Do nada descobrimos que alguns dos personagens que gostamos é LGBTQ+, e outros novos também são apresentados desse jeito. Tão bom! Fiquei muito feliz. Eu já tinha sido spoilada sobre isso -  inclusive fiz questão de agradecer à Victoria Aveyard no dia dos autógrafos -, mas meu deus! Tão legal! Tão natural! Tão lindo. 

Ademais, pela primeira vez, achei toda a questão do Maven muito bem escrita. No segundo livro eu não conseguia entender por que a Mare insistia em nutrir sentimentos pelo psicopatinha, mas neste livro comecei a entender como ela se sente. Foi péssimo - parecia que eu estava assistindo à ela tentar resistir a uma Síndrome de Estocolmo ou algo assim, e ela estava constantemente procurando pelo antigo menino pelo qual ela foi apaixonada no monstro que ele se tornou -, mas o que antes não faria sentido, começou a fazer. Tudo que a Elara fez com ele, tudo que ele viveu... Por mais que o Maven seja um merdinha, é difícil não sentir o coração pular quando ele aparece, não sentir pena dele, não pensar no que ele poderia ter sido se tivesse tido outra mãe. Acho que a Aveyard fez uma ótima representação de relacionamentos abusivos, sinceramente...

Enfim. Aveyard não me fez morder a língua como eu gostaria que ela tivesse feito - já que eu falei tão mal do último livro, esperava que ela fizesse com que eu quisesse me desculpar -, mas ela definitivamente me mostrou por que eu gostei tanto da série quando li o primeiro livro. Por mais que eu ainda ache o A Rainha Vermelha o melhor livro da saga, A Prisão do Rei teve momentos que me deixaram extremamente animada/surtando, além de ter me feito gostar mais ainda da Mare e do Cal. As duzentas últimas páginas do grito foram só gritos, for real. 

Bem, por mais que eu tenha achado o final um pouco forçado - em relação ao Cal -, eu acho que posso viver com isso. Não afeta tanto o livro, sabendo que tem uma continuação. Contanto que ela não faça uma grande merda no final do último livro (o que é provável que aconteça pelas resenhas que eu já li), eu sobreviverei. 

É isso, gente! Ia ler o próximo livro de uma vez, mas dei aquela clássica desanimada (ler resenhas dele não foi uma boa ideia também). Mas vamos ver, né. Talvez eu demore um ano pra ler o próximo igual fiz com esse. Ou não. Eu só li A Prisão do Rei porque fiquei me pegando pensando na Mare de vez em quando... É meio esquisito, pra ser sincera. A saga não é incrível - é bem mediana, até, tirando o primeiro livro, que é realmente bom -, mas os personagens acabam ficando com você de alguma forma, te matutando pra você voltar à leitura. Hmm. É, eventualmente eu vou acabar lendo o próximo, mesmo com medo do que me aguarda.

Nota final:

Nenhum comentário:

Postar um comentário