{Yesterday's book} Sereia

Hey, guys! Quem me conhece, sabe que eu amo sereias. Quando eu era mais nova, eu adorava assistir à H2O Meninas Sereias, uma série que passava no Boomerang. Enfim. Comprei Sereia esperando me apaixonar pelo livro, ansiosa com a perspectiva de Tricia sobre esse mundo que eu amo tanto. Mas acabou que o livro não foi uma leitura fácil. Foi maçante. 

Sereia nos apresenta Vanessa, que tem medo de tudo. Do escuro, de altura, de ficar sozinha... E do mar. Quem a ajuda a superar esses medos é sua irmã, Justine, que é aventureira e está sempre ao lado de Nessa para apoiá-la. Até que Justine é encontrada morta na praia de Winter Harbor, depois de um mergulho noturno. Os pais de Vanessa tentam retornar à vida normal em Boston, mas Nessa não acha que a morte de Justine tenha sido um acidente, e descobre coisas sobre a irmã que nunca imaginou. Desejando descobrir quem realmente era sua irmã e o que aconteceu de verdade na noite de sua morte, Vanessa retorna à Winter Harbor a procura de respostas. 

Uma linda capa e uma sinopse interessante. O que poderia dar errado? Bem... Tudo. Primeiramente pelos personagens vazios. Você não consegue se apegar à nenhum durante o livro. Todos naquele livro poderiam morrer e queimar no fogo do inferno que eu não sentiria nada. Na verdade, ficaria até feliz, porque assim o livro chegaria ao seu fim mais rápido.

Talvez eu esteja exagerando, mas no fundo não acho que esteja. Eu passei a leitura inteira dando segundas chances para o livro, para no fim ele terminar como começou - uma decepção. Vanessa é chata. Chata, chata, chata. Não só por ter medo de tudo (eu passei a aceitar isso), mas porque ela é simplesmente irritante. Ela passa o livro inteiro comentando de um acidente que aconteceu com ela há dois anos atrás (onde ela supostamente ouviu uma sereia), para negar estupidamente todas as provas de que sereias existem quando elas aparecem. 

O livro insiste no ar de mistério para te manter presa à ele (foi o que aconteceu comigo), mas na verdade, de mistério não tem nada. Quando o livro chegava nas partes de "Revelação", eu sentia que já sabia tudo que iriam dizer, porque ele tinha sido óbvio demais. Eu torcia para uma reviravolta, para uma luz, e nada. Absolutamente nada. Terminei o livro frustrada, irritada e muito, muito decepcionada.

O romance começa fraco, morto (tão morto que você acha que não vai acontecer nada, mesmo que a sinopse do livro diga que acontece) e depois melhora um pouco - com uma cena que me deixou animadíssima, e que me deixou com esperanças de que o livro melhoraria dali em diante - apenas para retornar à morte novamente. Muita frescura. Muito nhé-nhé-nhé. 

O final do livro é a pior parte. São tantas coisas sem sentido - e não acho que os próximos livros consigam corrigir isso - que eu fiquei boquiaberta. Eu me perguntava "Como pode acontecer isso se aquilo aconteceu?" e o livro não respondia. Nem mencionava, na verdade. Simplesmente era um fato, e você tinha que aceitar, mesmo que não fizesse sentido algum. 

E também tiveram mais algumas coisinhas que me irritaram, como o fato das sereias não terem caudas, a Vanessa ser a protagonista mais mosca-morta que conheci (exceto pela cena que me deixou animadíssima) e os potencial de alguns personagens ser jogado no lixo. Foi uma leitura oca, que me deixava esperançosa num momento, só para depois me decepcionar de novo. 

Como é de se esperar, não lerei Encanto e nem Profundezas (segundo e terceiro livro da trilogia). Chega de masoquismo e de falsas esperanças. 

Nota final:

"O que me desconcertou não foi o fato de que eu não parecia eu mesma; foi que eu parecia alguém que eu não sabia que podia ser" (Página 173)