terça-feira, 3 de junho de 2014

{Yesterday's book} A Escolha

Depois de uma eternidade esperando, ontem finalmente meu A Escolha foi entregue em minhas mãos. Ele foi presente de aniversário de um amigo, e meu bolso agradeceu muito por isso. Não costumo ser tão mesquinha, muito menos com livros, mas como comprei por volta de cinquenta livros e ainda restam trinta e cinco para ler, achei melhor comprar menos e ler mais. 

A Escolha é o terceiro e último livro da trilogia The Selection. A história que começou com America Singer, ruiva da casta Cinco que não desejava de forma alguma se tornar princesa, finalmente chega ao seu fim. Li o livro ontem, e terminei-o entre lágrimas por saber que não leria mais nada do ponto de vista da Meri - que apesar de me irritar muitas vezes, foi uma das protagonistas que mais gostei. 

Enfim, o livro é a continuação de A elite, e nos mostra uma Meri menos confusa sobre com quem deve ficar (aleluia!), ataques mais frequentes dos rebeldes e claro, o tão esperado fim da Seleção. O jogo de Quem irá ficar com o príncipe Maxon? está em seu clímax com apenas quatro selecionadas restando. 

A tensão entre elas é grande, e quando revelam até onde chegaram com Maxon, cada uma tem noção de sua posição no coração do rapaz. Meri, é claro, tem o primeiro lugar. Ela e Maxon sempre tiveram sua incrível amizade, que aos poucos foi evoluindo para algo mais. Por isso, é nela em que o príncipe mais confia, e também é ela que recebe a maioria de seus beijos.

Apesar disso, as brigas entre os dois são frequentes, e isso traz insegurança para Meri, pois sempre que ele se afasta dela, ele se aproxima mais de outra Selecionada. Ela vê Aspen como uma segunda opção caso o príncipe a rejeite, e isso não a deixa admitir para Maxon que ela o ama - o que o deixa inseguro. Assim, ele continua tentando conhecer as outras três Selecionadas, e seu relacionamento com Kriss evolui. 

The Selection foi uma trilogia de amor e ódio para mim. O amor sempre prevaleceu, mas no meio dessa paixão enlouquecedora, eu gritei de raiva, chorei de frustração, fechei o livro, chamei a atenção da minha mãe ao socar a parede... Enfim. Já havia feito isso nos outros livros, principalmente em A elite, e dessa vez também gritei até minha garganta ficar rouca.

Quando tudo parece estar bem, Meri faz merda. Ou Maxon. Ou os rebeldes... Um momento eu estava saltando de felicidade, e no outro chorando de frustração. Ler esse livro foi uma mistura de emoções, principalmente pela consciência de que seria a última vez que veria Meri e Maxon (E todos os outros, claro. Dar adeus para o mundo de The Selection foi duro).


Por falar em Meri, neste último livro ela está ainda mais impulsiva do que o normal. Ela vai até o fim com as coisas em que acredita, mesmo que isso a meta em situações desgastantes e perigosas. Isso é algo que eu realmente amo nela, e o que a fez ser uma das protagonistas que mais admirei dentre todos os livros que li: Ela defende o que pensa, não se importa de ser odiada pelo rei e corre risco de vida pelo que acredita.

Algumas cenas - muitas cenas - desse livro me fizeram vibrar. A coragem de Meri e o jeito sedutor de Maxon acabaram com meu coração e garganta. O sentimento que um tem pelo outro é muito realista. Você consegue sentir a tensão sexual entre eles, e consegue dizer que são amigos, e consegue dizer que eles se amam.

The Selection pode ter tido defeitos - todos os livros têm, é claro -, mas algo que sempre acharei incrível e que admirarei horrores será o relacionamento entre a America e o Maxon. Você realmente sente que eles se amam e que fariam tudo pelo outro. É lindo. 

Nesse último livro eu me apaixonei ainda mais pelo meu ship Maxmeri, passei a gostar do Aspen - até consigo entender por que a Meri foi apaixonada por ele -, passei a gostar mais da Celeste e odiei mais a Kriss

Infelizmente, achei o final rápido demais. Claro que eu gostaria de ver mais dessa história que gosto tanto, mas não foi só por isso. Foi tudo acelerado. Acontece algo maravilhoso, então algo frustrante, depois chocante, então lindo, e o livro termina. No final, Kiera matou muitas pessoas. Isso não seria um problema se ela tivesse dado tempo suficiente para o leitor se situar e para os personagens sofrerem suas dores, mas ela não dá. Acabou ficando muito apressado, o que foi uma pena. Ela poderia ter desenvolvido melhor esse final. 

De qualquer forma, os pontos altos me marcaram mais do que os pontos fracos, e o livro me prendeu ao ponto de lê-lo numa tarde - o que eu costumava fazer com frequência, mas que agora está difícil. A Escolha me relembrou, depois de um ano sem ler nada da série, o quanto eu era/sou apaixonada pela America e pelo Maxon, e me fez mais uma vez gritar a cada beijo/toque dos dois. Um romance imperfeito que me tocou bem no coração. 

Nota final:


"Pode partir meu coração. Mil vezes, se desejar. Sempre foi seu para machucar como quiser" (Página 317)

4 comentários:

  1. Ainda não li os primeiros livros, mas pretendo, parece ser uma boa trilogia! Me chamou atenção o plot todo de ***Reis, Rainhas, Príncipes*** <
    Eu vou dar uma olhada em breve no primeiro livro.
    Aliás, resenha muito bem escrita, parabéns!

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    1. Leia sim ♥ É uma ótima trilogia, de verdade.
      Obrigada <333333333

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  2. ótima resenha ^^ ainda não li A Escolha, vou ler primeiro os Contos da Seleção, tô me roendo de ansiedade.
    Ah, eu chamo eles de Americxon, haha, também sou louca por esse casal. E eu queria que o Aspen morresse para a América parar com essa indecisão sem sentido, kkk.
    Beijoo

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  3. Eu chamo de Merixon HAHAHA. Acho que nunca deram um nome "certo" para o ship. O pessoal só mistura os nomes e voilá! HAHAHA, o Aspen fica mais legal nesse terceiro livro. E a Meri toma vergonha na cara e toma sua decisão (AMÉM, MERI) <3

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