domingo, 19 de agosto de 2018

{Yesterday's Book} A Rainha Vermelha

Ya-hello, pessoas de sangue vermelho! Faz tempo que não resenho um livro pra valer, né? Preciso recuperar o hábito da leitura e largar um pouco o PC. Enfim.

A Rainha Vermelha é um livro de ficção e literatura juvenil escrito por Victoria Aveyard. Ele, sendo o primeiro de uma saga de quatro livros, nos apresenta o começo da história de Mare Barrow, que vive em uma sociedade que a hierarquia se dá pela cor do sangue: As pessoas de sangue prateado, com poderes fantásticos, estão acima. São a elite, os poderosos. E, abaixo deles, sem poderes e considerados descartáveis pelos prateados, estão as pessoas de sangue vermelho. 

Mare vive num vilarejo pobre, Palafitas, e a única coisa que consegue fazer para ajudar a família é roubar. Um dia, roubando para tentar ajudar seu melhor amigo e a si mesma - para que os dois não sejam enviados para morrer no campo de guerra -, ela acaba encontrando um estranho que lhe dá uma oportunidade única: Trabalhar no palácio de verão do rei. Seu primeiro dia de emprego está indo bem, isto é, até ela se encontrar numa situação de vida ou morte e ser salva por um poder que ela não fazia ideia de que tinha - e que não deveria ter por ter sangue vermelho. 

Eu li A Rainha Vermelha em 2015 e, por preguiça, não comecei a ler sua continuação, A Espada de Vidro, até ontem. Foi quando percebi que não lembrava absolutamente nada da história, e fui obrigada a reler o primeiro livro. A tarefa foi extremamente prazerosa, entretanto. Acabei lembrando o quanto gosto da Mare e do mundo que a Victoria Aveyard criou. Também lembrei que gostava muito de um personagem que morre no primeiro livro, mas enfim. 

Algo extremamente ousado e impressionante que a autora faz é a quantidade de traições. O livro, toda sua história, é construído em cima de uma teia de intrigas complicadas que parecem surgir de todos os lados, a todo momento. Todo mundo pode trair todo mundo

De acordo com meus históricos de leitura do skoob, na primeira vez que li A Rainha Vermelha, o achei, ao menos no começo, pouco original - A história me lembrava uma mistura da trilogia do Mago Negro com a trilogia A seleção. Mas essas traições, essa imprevisibilidade e os plot twists espalhados pela história são algo completamente Victoria Aveyard. Nos apaixonamos pelos personagens, mas não sabemos sequer se podemos amá-los - não há em quem confiar em A Rainha Vermelha. E isso acaba fazendo a leitura ser divertida, instigante, viciante.

Tive o prazer de ir na sessão de autógrafos da autora no Rio de Janeiro e, ao ver tantas pessoas completamente apaixonadas pela série, me perguntei por que diabos eu ainda não tinha pegado o segundo livro pra ler. Comecei a ler o segundo na fila mesmo. E aí, claro, tive que voltar pro primeiro porque não fazia ideia de quem era quem. Nem fazia ideia se eu amava mais o Maven ou o Cal. Pra ser sincera, ainda não tenho absoluta certeza. Culpa da Aveyard.

No momento estou fugindo de spoilers enquanto leio o segundo livro da série, mas queria fazer questão de deixar registrado aqui o quão bom o primeiro é. A Rainha Vermelha definitivamente cai, pelo menos com seu primeiro livro, na minha listinha de ficções que acertaram em seu desenvolvimento. Só não dou cinco estrelas porque, nas duas vezes que li, senti que queria ter conhecido mais de alguns personagens que morreram. Sinto que, antes de sua morte, eles podiam ter sido melhor desenvolvidos. A dor de Mare, em alguns casos, não fez muito sentido para mim. A sensação que dá era que ela conhecia os personagens melhor do que eu - o que não faz sentido, já que vivi tudo junto com ela. 

Nota Final:

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